Durante o período que a cidade foi governada por Harold Schultz uma onda de eventos de CTG tomou conta da cidade. O prefeito era um entusiasta. O alemão costumava se fantasiar de bombacha e chapelão (veja a foto) e era anfitrião em seu CTG localizada no que viria se transformar no Bairro São Judas Tadeu. Sim, lá era um CTG.
Assim que Leonel Pavan foi eleito, eu nomeado assessor de comunicação, escrevia para o JBC. Foi quando, sem perspectiva cultural mais abrangente, lancei o Manifesto Anti-vanerão que começou assim: “A nossa cidade procura desesperadamente uma identificação cultural”. Para, na sequência, protestar contra o monopólio do gênero musical mais a ver com turismo rural.
O manifesto veio em função da anunciado Bagualada, evento que tinha como objetivo bater de frente com o rodeio de Vacaria. Questionei sobre o espaço e incentivo a outras manifestações culturais e eu mesmo respondi afirmando que estavam mesmo era “sufocados pela erva mate”, encerrando o manifesto ao conclamar os progressistas culturais para que “UNI-VOS antes que dancemos o vanerão”.
As edições posteriores do JBC foi uma choradeira geral. O prefeito Leonel Pavan, inconformado, afirmou que continuaria apoiando e frequentando eventos do gênero devidamente pilchado. Artigo da gauchesca Caiçara Hack questionou minha suposta xenofobia e um texto indignado do promotor da Bagualada foi publicado. Em minha defesa, ninguém, Isso há 35 anos.
Na foto: Carlos Cesario Pereira, Jonas Ramos Júnior, Waldeney Daguano, Renato “Brucutu” Garcia, Ademar Silva, Walter Barichello, Harold Schultz e Rildemar Barbosa.
1 Comment
Eu também nunca entendi esse movimento, sério mesmo Bola.
Sempre tive esse incômodo também, algo que foi empurrado para a região como se fosse algo natural.