Campanha eleitoral
Ouvi a entrevista do André Meirinho na Menina FM. Gosto do Meirinho, sempre ponderado, não apela para sensacionalismo retórico e com currículo acima da média. Mas achei uma temeridade dele atribuir ao naming rights o protagonismo na busca de recursos para investir em programas públicos na saúde, no esporte, na educação, no que seja.
Campanha eleitoral I
Naming rights é algo como direito de nomenclatura, um projeto, aprovado, de autoria do próprio Meirinho. Por exemplo, o estádio municipal, ops, esse não dá, porque foi privatizado a toque de caixa pelo atual governo. Então, outro espaço público, a passarela. O governo assinaria um contrato de concessão/aluguel por determinado período de tempo para uma empresa, sei lá qual. Não vejo muito futuro no sentido de volume de grana para patrocinar investimentos públicos.
Campanha eleitoral II
Vi uma publicidade do Claudir Maciel, candidato pelo PSB (o mesmo que abrigou o Fabrício Oliveira nos finados tempos do Novas Ideias). Ele quer transferir o congestionamento da BR-101 para o subsolo, criando um parque super arborizado no solo aproximando o centro aos bairros dos Municípios e Vila Real.
Campanha eleitoral III
Até troquei ideia com um ex-prefeito sobre o projeto de campanha. Lindo e maravilhoso, mas não resolve o congestionamento e tampouco aplicável porque os espaços do leito da BR e suas marginais são federais sob a concessão da Auto Pista Litoral. Ou seja, um projeto caríssimo que jamais a APL executaria.
Campanha eleitoral IV
Acredito que o projeto do Claudir junta-se ao túnel do Knabben “under” Rio Camboriú no anedotário folclórico da política balnear. Claudir que adotou o visual do Pablo Marçal.
Campanha eleitoral V
O candidato do Novo, Lucas Gotardo, culpa o sistema por ser excluído do debate. Ele joga para a torcida. O Novo colhe os erros que plantou na eleição de 2022 que foi um desastre (veja foto). Não se trata de sistema. Para vivermos em sociedade precisamos de ordenamento jurídico, e na eleição acontece a mesma coisa que chamamos de regras, tanto é que o Novo puro praticamente não tem minutagem na propaganda eleitoral.
Campanha eleitoral VI
Gotardo e Meirinho olharam para o próprio umbigo no momento de compor uma coligação. A vaidade prevaleceu sobre o bom senso. Em Blumenau o candidato do Novo, Odair Tramontin, colocou a razão na mesa, coligou e está lá fazendo campanha na propaganda eleitoral e participando dos debates.
Campanha eleitoral VII
Em entrevista a CNN, Pablo Marçal afirmou que Balneário Camboriú conta com transporte por teleférico. Os jornalistas da emissora, sem conhecer BC, não fizeram o contraponto e a mentira passou como verdade.
Campanha eleitoral VIII
Muita polêmica envolvendo institutos de pesquisa em BC. A DNA, de Joinville, fez uma publicada por um portal local. Dois dias antes um jornalista da Jovem Pan divulgou um resultado e, oficialmente, surgiu outro resultado da mesma pesquisa (alguém mentiu). A mesma DNA realiza outra pesquisa, agora divulgada pela Rádio Guararema, emissora que ninguém ouve na cidade. Uma outra deverá ser publicada pelo Diarinho. Seria uma empresa de Manaus (??!!!??!!) com histórico nada lisonjeiro. Enfim, não adianta manipular pesquisa. A maior pesquisa está nos ambientes onde os políticos frequentam. Se é recebido com espontaneidade nos abraços e sorrisos é porque a coisa está boa. Sorrisos amarelos, apertos de mãos protocolares e de mão mole, fodeu.
Campanha eleitoral IX
Conversas de whats revelam a cotação para os que fantasiam seus carros. Só o fato de fantasiar vale 240 reais. Se continuar fantasiado mais 60 reais por semana. Tá muito barato. 80 reais não dá nem meio tanque.
Campanha eleitoral X
Alguns candidatos a Câmara de Vereadores agradeceram minha listinha, outros reclamaram ausência. Pega nada. Muda nada. Vamos em frente. Falando em candidatos, para quem não sabe, muitos deles, os mais escolados, batem na porta de empresários em busca de grana para bancar a campanha. Os empresários, por sua vez, já têm em mãos a listinha de quem pode render alguma coisa. Os que não quebram um ovo é oferecido um valor baixo, tipo mil reais, e um abraço, não retorne mais aqui.
A foto de abertura é ilustrativa.