Campanha eleitoral
Os bastidores do MDB estão em polvorosa. A comissão de ética produziu um dossiê sobre a infidelidade dos candidatos Marcelo Achutti e Nena Amorim. Foi tentado junto a justiça uma liminar para que a executiva não se reunisse no último sábado, sem êxito. A reunião aconteceu com a decisão de não excluir a candidatura, mas abrir prazo de 15 dias para os dois se defenderem.
Campanha eleitoral 1
Os dois teriam recorrido a executiva estadual. A direção afirma que vai até o fim e a possibilidade é que a situação seja judicializada. Nada bom para uma campanha eleitoral.
Campanha eleitoral 2
“Direitos humanos é o caralho”, frase do candidato Jair Renan numa reunião de campanha.
Campanha eleitoral 3
“Jair Renan tem vínculo com a cidade, somente não nasceu aqui. Como eu não nasci aqui e Peeter também não. Ele representa uma ideia, uma posição”, depoimento de Fabrício Oliveira a edição da Folha de São Paulo de 12 de setembro. O prefeito se comparou a Jair Renan e Píter.
Campanha eleitoral 4
O bom de estar no camarote da eleição é ouvir pessoas que gostam de política, especialmente campanha eleitoral, mas acompanham de fora. Sobre Jair Renan ouvi que numa eventual derrota do candidato da situação, o number four (se eleito) vai tratorar Fabrício Oliveira num projeto que visa a Câmara Federal.
Campanha eleitoral 5
Repercuti o comentário com um chegado da campanha do Píter que achou uma grande besteira. “Não creio nisso. Eu tenho até dúvida na eleição daquele cara”, foi a reação.
Campanha eleitoral 6
Jair Renan é um privilegiado do fundo partidário entre os candidatos do PL. Recebeu uma bolada enquanto outros candidatos um faz me rir, e outros, nada.
Campanha eleitoral 7
Outra situação envolvendo o filho do ex-presidente do país que vem gerando ciumeira foi vídeo dele, Píter e Fabrício convidando para a vinda do pai do candidato a BC amanhã. As reações são duas: uns candidatos do PL torcem para que Jair Renan estoure, outros o encaram mesmo é como concorrente, adversário. Esses não gostam do privilégio do novo morador de BC.
Campanha eleitoral 8
Uma cena de intolerância aconteceu contra um bandeiraço do candidato Aristo Pereira, do PT (que já foi vice-prefeito de Balneário Camboriú) na Terceira Avenida. O cidadão saiu do carro totalmente descontrolado aos berros querendo a bandeira do Brasil para ele. Posso estar equivocado, mas não vi um candidato sequer, seja para a Câmara, seja para a prefeitura defender a democracia e solidarizar-se com o Aristo, exceto Eduardo Zanatta. A direita não se manifesta, seja qual for ela, temendo que seja usado contra na campanha pela própria direita adversária.
Campanha eleitoral 9
Há relatos também, esses tenebrosos, de jovens sub 18 provocando petistas em seu reduto na rua 600. Xingamentos e pedras arremessadas. Alguns deles identificados com material de um candidato a vereador. Cena como essa lembra episódios pré ascensão de Adolf Hitler ao poder alemão com jovens social nacionalistas provocando adversários socialistas e partindo para a briga em gestos de intolerância ideológica.
Campanha eleitoral 10
Há alguns dias o candidato da situação fez um vídeo questionando as pesquisas internas (dos outros partidos) e as registradas afirmando que pesquisas internas (as suas) indicavam que dia 15 de setembro seria a data da virada. Claro que a fala virou meme depois das pesquisas publicadas do Eficaz (Diarinho) e do Mapa (Rádio Camboriú). Para piorar, a pesquisa do DNA (ClickCamboriú) foi judicializada pelo PSB, partido do candidato Claudir Maciel.
Campanha eleitoral 11
Dica para os marqueteiros de plantão. Não tornem públicas imagens engraçadinhas em off do candidato, porque poderão ser usadas contra.
Sobre a foto de abertura
Nada a ver com a campanha política, tema da coluna. É uma foto de situações recorrentes desde que a Havan adotou a bandeira do Brasil para estampar as suas sacolas (coisa impensável nos tempos do regime militar): a sacola virar saco de lixo. Patriotismo às avessas.