Respondendo a pergunta do título, claro que sim, mas muito pouca gente se dá conta disso. Convidado para palestrar no evento Formação sobre Identidade Cultural e Artesanato promovido pela AMFRI fui até o Arquivo Histórico da cidade para debater com artesãos sobre a iconografia de BC. Fui a convite de Fernanda Skolovsky, designer territorial, mestre em design estratégico, responsável por todo trabalho com os artesãos da região da Amfri.
Foi um encontro bastante informal onde percorremos diversos símbolos da cidade que formam o seu caráter cultural, desde os símbolos mais antigos, como as casas de madeira dos anos 50, 60 e 70 que ainda resistem as transformações ou edificações (aparentemente) perenes que fazem parte da história da cidade, entre elas três igrejas: da Barra; a luterana (preservada mesmo com a construção de um edifício) e a Igreja Matriz católica uma riqueza arquitetônica esnobada pelos governos em suas promoções turísticas e culturais.
Outras edificações ainda perduram como a Casa Linhares, muito mal valorizada como sede de uma sub-prefeitura (?!?!), o Hotel Marambaia, outra riqueza arquitetônica esnobada pela oficialidade que, mesmo sem tombamento oficial, será preservada pela vontade dos proprietários.
Há também a simbologia que é resultado da efemeridade da cidade. Alguns deles o teleférico, o Cristo Luz e a Roda Gigante, elemento obrigatório na paisagem da orla de BC.
Poderíamos elencar mais sobre a iconografia da cidade, muito importante para a sua identidade cultural, mas paramos por aqui. Lembrando que uma imagem jamais será alterada na cidade que é a Ilha das Cabras.